Jaraguá do Sul – A formação de quatro grupos de trabalho divididos em Estratégico, Infraestrutura, Esforço Legal e Potencial Tecnológico foi o resultado da segunda reunião da comissão de Implantação do Parque Tecnológico de Jaraguá do Sul, encontro que aconteceu hoje pela manhã na Prefeitura. A comissão visa instalar em Jaraguá do Sul, em aproximadamente dez anos, um núcleo que receberá empresas focadas em inovação tecnológica.
Além da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, são membros do grupo as instituições de ensino superior do Vale do Itapocu, Instituto Grade (incubadora em Schroeder), o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs) e Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi).
Um terreno de 1 mil m² já foi disponibilizado pelo Centro Universitário de Jaraguá do Sul (Unerj), próximo ao Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Incubação (JaraguaTec), para que empresas dos ramos de tecnologia da informação, eletro-eletrônica, mecatrônica, sistema de comunicações, entre outros, se instalem em um só lugar, troquem experiências com o meio acadêmico e gerem emprego e renda.
Os grupos formados pela comissão têm como dever de casa coordenar os trabalhos, elaborar o projeto arquitetônico do parque, captar recursos, estudar os procedimentos legais para a implantação, atrair empresas do ramo de inovação tecnológica e levantar os recursos físicos e humanos disponíveis. Todas essas tarefas não serão alcançadas em curto prazo, de acordo com a comissão, já que envolvem apoios e recursos públicos e privados.
Para o secretário da Indústria e Comércio, Célio Bayer, o projeto é reflexo do futuro econômico da cidade, que não comporta mais a instalação de novas grandes empresas, com necessidade de muita mão-de-obra. Pela própria geografia do município, não há mais como desenvolver o mesmo tipo de economia.
Os empreendimentos de inovação tecnológica, com mão-de-obra especializada e valor agregado, são o futuro da região, aponta Bayer. Dados da Fundação dos Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), de Florianópolis, apontam que o retorno desse tipo de investimento é realmente lucrativo. A Certi revela que a capital do Estado tem mais faturamento com os impostos de empresas de tecnologia do que com o próprio turismo.
O gerente executivo do JaraguaTec, Victor Alberto Danich, um dos membros da comissão, informa que a incubadora tecnológica de Jaraguá já formou seis empresas inovadoras, bem sucedidas no mercado de trabalho, e que mais 13 estão no processo de formação, algumas com grande lucro e gerando emprego e renda, além de não serem geradoras de poluentes.
Todos esses projetos de empresa poderão se reunir no parque tecnológico, atraindo mão-de-obra qualificada que, por sua vez, exigirá cursos universitários especializados. Tudo isso só vai fazer a cidade crescer, garante.
Fonte: Célio Bayer, secretário da Indústria e Comércio.
Clarissa Borba, Jornalista