Maracajá – Moradores e autoridades estão atentos a estiagem. A falta de chuva nos últimos meses começa a preocupar e prejudicar a economia do município. A cultura do milho é a mais afetada até agora.
O agricultor Astir Demétrio da Rocha, da comunidade de Cedro, está desanimado com a colheita do milho. “Na época em que estava se formando a espiga de milho a água não veio e por isso agora se der para recuperar será para silagem”, comenta.
O milho está todo retorcido e dos cinco hectares plantados, pouca coisa vai ser aproveitada na propriedade de Astir. “Há dois anos era chuva de mais e agora a seca vem se repetindo. O tempo está muito descontrolado”, avalia o agricultor.
O clima seco também traz prejuízos para a pecuária. Sem chuva o pasto não cresce e afeta no engorde do gado.
A cidade de Maracajá vive basicamente da agricultura, e muitos contabilizam prejuízos. No arroz quem não tem água represada já vê sua plantação cair. Para o engenheiro agrônomo André Zandonadi a falta de água além de prejudicar a produção agora, vai diminuir a qualidade do produto lá na frente. “O arroz, por exemplo, o rizicultor vai colher, mas será com menos qualidade por causa da falta de chuva”, destaca.
Na comunidade de Espigão Grande algumas famílias já sofrem com a falta de água em casa. A administração municipal já disponibilizou um container encaminhado pela Defesa Civil cheio de água, que fica no local para abastecer aquelas famílias.
A Defesa Civil de Santa Catarina espera que a chuva no estado durante os próximos três meses seja menor do que o previsto. O órgão que monitora o clima em Santa Catarina informou que os baixos volumes de chuva já são registrados deste setembro. A seca preocupa, principalmente, agricultores do interior do estado.
Itaionara Recco
UNOPressPress