O programa de Combate à Dengue da Prefeitura de São Bento do Sul faz diariamente a coleta de larvas de insetos depositados nas armadilhas e em locais estratégicos, para verificar se há existência de focos da dengue no município. Visando agilizar o processo de identificação do aedes aegypti (mosquito da dengue) a secretaria de Saúde implantou anexo ao prédio do centro de Vigilância em Saúde, o laboratório de Entomologia.
As atividades tiveram início nesta semana sob a coordenação da técnica responsável pelo programa Joceli Stoeberl, a qual recebeu capacitação junto ao Laboratório Estadual de Entomologia. Joceli conta que são analisadas em média 60 larvas por semana e antes o processo era todo feito na cidade de Joinville demorando dias para se ter o resultado. “A coleta sempre foi feita diariamente, e o processo de logística é que sempre foi complicado e muitas vezes acabava demorando até três dias para conseguirmos os resultados, isso ficava mais complicado ainda nos finais de semana e feriados, agora a análise é feita no dia da coleta”, lembra Stoeberl.
Se caso a identificação for positiva a equipe de Combate à Dengue age imediatamente delimitando uma área de 360º do ponto de origem do foco e faz uma varredura, limpando recipientes em terrenos baldios, imóveis, empresas e em todos os locais onde o mosquito possa depositar mais larvas. “Quando os agentes do programa fazem a captura imediatamente trazem ao laboratório e em algumas horas já temos a identificação. Se acharmos algum foco faremos a delimitação de espaço no mesmo dia”, detalha.
Em 2010 foram encontrados seis focos do mosquito em São Bento, e em 2011 já foram identificados três, sendo um deles no bairro Colonial e outros dois em Serra Alta, todos entre janeiro e fevereiro, meses com maior intensidade de calor, propício para a criação do mosquito. “Mesmo em épocas mais frias o programa continua visitando os pontos estratégicos e armadilhas, que são 313 no município, porque os mosquitos geralmente chegam na cidade de carona nos veículos que viajam o Brasil todo”, acrescenta Joceli reforçando a necessidade de deixar os recipientes com água bem tampados, além de efetuar a limpeza nos jardins, pneus, vasos de plantas, entre outros, mesmo nas estações mais frias.
Além da identificação das larvas do mosquito da dengue, a análise no laboratório também deve verificar a incidência do aedes albopictus, também da família do aedes aegypti porém não é transmissor da doença mas de importância epidemiológica relevante. Para o maior controle da qualidade das análises feitas no laboratório municipal, 10% das amostras são encaminhadas ao laboratório Central em Florianópolis para conferencia.
UNOPress