Criciúma – Há um mês a equipe de médicos do hospital Infantil Santa Catarina (HISC), formada pelo diretor clínico, Christian de Escobar Prado, vice-diretora clínica, Alessandra Cechinel Darela, e o diretor técnico, Peter Franck Concer, juntamente com os enfermeiros, se reúne para implantar um sistema de triagem para o pronto atendimento infantil. A partir de sexta-feira (14), esse tipo de atendimento será realizado no Santa Catarina. O objetivo é priorizar o atendimento dos pacientes mais graves. No mesmo momento no qual se criou a comissão que inclui as direções médica e administrativa, o hospital também se preparava para a possível epidemia de gripe que se avizinhava.
O HISC é o único pronto atendimento pediátrico 24 horas do sul de Santa Catarina, mantido pelo governo municipal. De acordo com o diretor clínico a unidade recebe pacientes de toda região. “Temos um atendimento mensal de seis mil pacientes, hoje em virtude do inverno rigoroso e com a preocupação da gripe, estamos com um movimento 50% maior”, enfatizou.
A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de atendimento às urgências do acolhimento e da “triagem classificatória de risco”. Prado ainda ressalta que a implantação é mais do que uma previsão legal. A classificação de risco é entendida como uma necessidade para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, garantindo um atendimento resolutivo e humanizado àqueles em situações de sofrimento agudo ou crônico agonizado de qualquer natureza.
A triagem será realizada por uma equipe multiprofissional composta por enfermeiro, auxiliar de enfermagem, serviço social, equipe médica, profissionais da portaria/recepção e estagiários. “Nos informando sobre a implantação deste sistema no Brasil, encontramos uma experiência municipal em Belo Horizonte, onde também foi adaptada a realidade local, do mesmo modo que fizemos aqui”, comentou o diretor ainda informando que é importante assegurar a população que todos serão atendidos, mas os que estão mais graves, ou são potencialmente mais graves, serão atendidos primeiro.
Após a sua identificação, a criança é encaminhada ao espaço destinado à Classificação de Risco onde é acolhida pelo auxiliar de enfermagem e enfermeiro que, utilizando informações da escuta qualificada e da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica o usuário em:
– ☻ VERMELHO, ou seja, emergência (será atendido imediatamente na sala de emergência);
– ☻ AMARELO, ou seja, urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação);
– ☻ VERDE, ou seja, sem risco de morte imediato (somente será atendido após todos os pacientes classificados como VERMELHO e AMARELO); e
– ☻ AZUL, ou seja, quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social. Pode ser atendido na unidade básica de saúde ou esperar os outros pacientes mais graves.
Fonte: Assessoría de Imprensa
