Barra Velha – A Prefeitura de Barra Velha interditou ontem (dia 27 de maio) o Ginásio de Esportes Alfredo José de Borba, no centro da cidade, após a queda uma haste de ferro do telhado do prédio. Um laudo foi confeccionado após a vistoria feita pelo engenheiro Marcelo Douglas Metelski, que constatou que há outras três hastes já soltas, mas que ainda não caíram. Estas hastes sustentam fios de ferro estendidos de uma ponta a outra dos pilares do ginásio – os chamados “tirantes”. Há no local um total de 18 hastes, mas apenas quatro apresentaram problemas. Na queda da primeira, ninguém se feriu.
Metelski constatou que estes objetos deveriam ter sido soldados durante a obra de reforma do ginásio, executada em 2008, mas o serviço ficou pela metade. O engenheiro, entretanto, frisa que não há nenhuma ameaça à estabilidade da edificação, e o caso não pode ser considerado grave, embora este não seja o primeiro problema detectado no ginásio.
Em janeiro deste ano, a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura já havia notificado oficialmente a empresa Schissi & Cia. Ltda., da cidade de Brusque, responsável pela obra de instalação da nova cobertura do ginásio. Segundo o advogado Eurides dos Santos, procurador jurídico da Prefeitura, havia irregularidades entre o que foi firmado em contrato e declarado pela empresa à Prefeitura e o que realmente foi feito no local.
De acordo com a Prefeitura, a nova cobertura foi finalizada menor do que a especificada no contrato da obra, iniciada em 2007 e finalizada em dezembro do ano passado. Dos 1.504 m² estipulados no contrato, apenas 1.301 m² foram executados. O primeiro laudo da secretaria de Planejamento local, emitido no dia 20 de janeiro, atestou a irregularidade. Segundo Marcelo, todo o beiral de alumínio foi suprimido da obra. Foi constada ainda a falta de calhas de escoamento da chuva e os chamados “canos de areia”, além de outros itens menores.
Na época, a Prefeitura refez cálculos e reduziu dos pagamentos restantes da empresa o valor estimado dos serviços não executados, e interditou espaços do prédio para posterior reforma, planejada para acontecer no segundo semestre. Agora, a secretaria optou pela interdição. “Há risco é de uma bola bater numa haste, durante um jogo, e derrubá-la”, avalia Metelski. “Então interditamos, e a intenção é executar a reforma ou complemento total dos itens deixados inacabados pela empresa”, acrescenta. Como ainda há um saldo a pagar à Schissi & Schissi, ela será novamente notificada nos próximos dias, e chamada a revisar a obra.
Fontes:Juvan Neto
Assessoria de Comunicação Social