por Olga Sobolevskaya
Depois de estudar os mecanismos de divisão das membranas celulares, será possível tratar as doenças neurológicas graves. A proteína, responsável por essa divisão, está sendo estudada por um grupo de bioeletroquímicos da Rússia, da Índia e de vários outros países.
A doença de Alzheimer e a esquizofrenia são doenças muito graves que talvez em breve deixem de ser uma “sentença”. Os bioeletroquímicos do Instituto de Química Física de Moscou estão estudando, em conjunto com os seus colegas da Índia, dos Estados Unidos e de Espanha, uma das proteínas que antes era considerada indetectável e que determina a divisão da membrana, a dinamina. São as falhas no seu funcionamento que provocam as doenças neurológicas e musculares. Em outras palavras, para tratar as neuropatologias graves, temos de aprender a regular o seu funcionamento.
A dinamina desempenha um papel importante na transmissão dos impulsos nervosos. Na doença de Alzheimer, a “paralisia da memória”, esse processo é interrompido.
Tem sido difícil detectar o processo de divisão da membrana porque ele decorre de forma quase instantânea. O problema pode ser resolvido com recurso às nanotecnologias.
Os cientistas usaram nanotubos que fixavam todas as alterações da membrana como, por exemplo, a formação das estruturas proteicas singulares. Até se conseguiu medir os esforços desenvolvidos pela dinamina durante a deformação da membrana.
O bioeletroquímico Pavel Bashkirov do Instituto de Química Física esclarece:
“Nós conseguimos agora, pela primeira vez, registrar a atividade da divisão da dinamina e especificar esse mecanismo.”
Com o exemplo da dinamina, os cientistas demonstraram igualmente que muitas proteínas, que reorganizam a estrutura das membranas, poderão ter o mesmo princípio de funcionamento.
Isso significa que, num futuro próximo, poderemos encontrar métodos universais para regular a reformação das membranas e ajustar novos esquemas de tratamento para muitas doenças.
Foto: © Flickr.com/laimagendelmundo/сс-by-nc
VOR/UNO