Joinville – Se em 2009 os acidentes de trânsito cresceram quase pela metade, este é um ano para refletir sobre as estatísticas, planejar um combate e colocá-lo em prática. Para o diretor de trânsito da Conurb, Eduardo Bartniak Filho, não é o aumento da frota de veículos nem a falta de sinalização na cidade que causa as tragédias, mas a imprudência e o desrespeito às leis de trânsito. "Nosso desafio é identificar os causadores em potencial de acidentes de trânsito e tomar medidas para conscientizá-los".
A companhia está se preparando para promover campanhas educativas já neste começo de 2010. A ideia é instruir pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas, visando o respeito mútuo entre os usuários da via. Além disso, a Conurb vai reforçar a sinalização viária e, numa parceria entre agentes de trânsito e Polícia Militar, ampliar o programa Aluno-Guia para 16 escolas.
Os temas na lista de prioridades para abordagem na orientação, que será realizada em instituições de ensino, empresas e divulgada na mídia, envolvem o "uso incorreto do celular, respeito à faixa de pedestre e utilização do cinto de segurança no banco traseiro", destaca Bartniak, que também lembra a meta do governo municipal é aumentar para 100 o número de agentes, ação que deverá trazer ganhos de segurança nas vias para a população.
O diretor reforça a importância de atingir aqueles que desrespeitam o Código de Trânsito: "Hoje em dia, é como se você estivesse andando armado: é quase como se não fosse um acidente, porque os principais envolvidos sabem dos riscos que correm ao realizar manobras arriscadas". Nas ruas campeãs em acidentes, como a Monsenhor Gercino, a XV de Novembro e a Dona Francisca, será intensificada a fiscalização de velocidade com o uso de radares. A intenção da companhia é de instalar mais dez equipamentos, entre radares e lombadas eletrônicas. Atualmente, 25 estão em operação.
As estatísticas
Comparado com 2008, o ano que passou trouxe um acréscimo de 25% no número de acidentes de trânsito com vítima – sem levar em consideração os que tiveram apenas danos materiais – e de 47,4% na quantidade de óbitos. Os prejuízos financeiros que Joinville teve com isso chegaram a R$ 70 milhões, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e incluem internações hospitalares, conserto dos veículos e remédios, por exemplo.
Foram 115 mortes, entre óbitos instantâneos ou de até um mês após o acidente. Dessas, 78 eram homens. A maior parte das vítimas fatais tinha entre 18 e 29 anos e era motociclista. As estatísticas contabilizam 3.868 acidentes com vítima; 4.008 é o número de vítimas não-fatais. Os acidentes ocorreram, na sua maioria, durante o dia, no perímetro urbano, de quinta-feira a sábado. Foram 2.725 carros e 2.570 motos envolvidos. Os horários mais críticos são das 18h às 19h, das 17h às 18h, das 14h às 15h e das 19h às 20h, respectivamente.
Assessoria de Comunicação – Conurb
Hildy Vieira – hildy@conurb.com.br