Joinville – A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Joinville (Fundema) informa que recebeu da Catarinense Engenharia Ambiental a declaração da quantidade de resíduos depositados no aterro industrial da cidade, bem como o descritivo de todo o processo de aterramento. Em novembro foram 927.47 toneladas e outras 7.067,74 no mês de dezembro. O protocolo foi feito na quarta-feira, dia 6.
No relatório, a empresa descreve todo o processo de aterramento feito por 28 dias, de novembro a dezembro. A média é de 285 toneladas recebidas diariamente no local. Foram tratadas com geomembrana de polietileno, argila, cal, colocação de câmaras desodorizadoras e drenagem dos líquidos. No documento, consta a primeira reclamação recebida por parte da população no dia 9 de dezembro, mesma data em que começaram as ações para diminuir o incômodo.
Pela análise preliminar de engenheiros sanitaristas da Fundema, a decomposição de material orgânico gera gás que vai para atmosfera. Como o volume de carne era elevado e com alto grau de decomposição, aliado a chuva que molhou a argila e dificultou a impermeabilização da carne, pode estar a causa de ter ampliado a poluição odorífera na região para além do terreno onde está localizado o aterro.
Conforme informação do Iceport Terminal Frigorífico de Navegantes o incêndio ocorrido em 12 de novembro gerou um total de 14 mil toneladas de carne que foram descartadas. O que não veio para Joinville foi enviado para indústria de processamento de ração, no Oeste de Santa Catarina.
A Fundema informa ainda que o aterro industrial possui licença ambiental concedida pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), inclusive para receber resíduos de outros municípios e Estados. Coíbe apenas o não recebimento de material radioativo. A Fatma é o único órgão do Estado que pode licenciar aterros. No entanto, a fiscalização, notificação, autuação e multa por infração ambiental podem ser feitas pelas três esferas de órgãos ambientais: Fundema (Municipal), pelo Ibama (União) e a própria Fatma (Estado). Sobre o caso, a Fundação comunica que não foram recebidas mais denúncias por odor.
A empresa tem o prazo de 20 dias para fazer a defesa da multa aplicada na segunda-feira (04/01).
Assessoria de Comunicação