Criciúma – A participação da Câmara de Vereadores de Criciúma foi considerada fundamental no intermédio das negociações entre os servidores públicos municipais e a prefeitura. A categoria aceitou a proposta em assembleia na tarde desta terça-feira, dia 25. A partir do empenho da Câmara, desde a semana passada, foi concretizada a possibilidade de continuar a greve para a retomada das discussões e o envio de uma proposta concreta por parte da prefeitura.
De acordo com o presidente da Câmara, Edison do Nascimento (PMDB), o fato de o Legislativo ter parado em solidariedade aos servidores também foi importante. “Pela primeira vez na história, o Legislativo parou em prol dos servidores. Além de tudo isso, participamos ativamente intermediando e atuando nas negociações”, declarou o presidente.
Para o vereador Ivan Westphal, o Camisa (PT), que esteve todos os dias no Paço, a ação da Câmara foi significativa. “A Câmara se colocou em um momento em que havia intransigência, fazendo a aproximação entre as partes e apaziguado”, apontou. Camisa elogia ainda a postura dos servidores durante a negociação, considerando que os ganhos foram importantes.
A vereadora Romanna Remor (DEM) cita que a mesma proposta aplicada ao funcionalismo deve ser usada para o Executivo. “Quando ocorrer a discussão do aumento do prefeito e dos secretários a fórmula está pronta. Não é uma fórmula boa? Então que se use também para o aumento deles”, alfinetou Romanna.
PROPOSTA
Na proposta apresentada pela prefeitura e aprovada em assembleia, foi oferecido o repasse de 5,3%, referente a inflação e ganho real de 1%. Este ganho, retroativo de 1º de abril até o fim do ano será pago em forma de abono, sendo indexado ao salário a partir do ano que vem. Além disso, está mantida a proposta de ganho a partir do crescimento da receita própria da prefeitura, referente aos impostos. Estima-se o crescimento de até 6%, o que reverteria em mais 1% de aumento nos salários.
O ponto considerado mais importante pelos servidores foi o do aumento nos salários mais baixos, vinculados ao Valor Referencial de Vencimentos (VRV). Os valores ficavam abaixo do salário mínimo, sendo completados com abonos. A partir de agora, os servidores da menor faixa, cerca de 700, receberão 1,7 VRV, que atinge R$ 559,07, sem a vinculação aos abonos, que acabavam desvalorizando durante o ano.
Jornalista Altair Magagnin
AI/Redação 24 Horas