É preciso valorizar a agricultura familiar brasileira, diminuindo o uso de agrotóxico nos alimentos, já que o Brasil lidera o ranking mundial no uso de veneno nas plantações
Brasília – A Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica realiza dias 8 e 9 de maio, na Câmara, o primeiro Seminário Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. “Vamos discutir saúde, renda e sustentabilidade. Queremos envolver parlamentares, governos, movimentos sociais e populares, sindicatos e a sociedade civil, ligadas ao campo, no debate por um novo modelo de agricultura sustentável e saudável”, diz a deputada Luci Choinacki (PT) que coordena a frente.
A deputada defende “o direito democrático à escolha, de como produzir alimentos e o que comprar na feira ou no mercado: se queremos agrotóxicos ou alimentos orgânicos. Também o acesso a todas as pessoas que desejam comer alimentos saudáveis”.
A compreensão da frente é que o sistema por ela defendido vai além da produção orgânica, pois considera os aspectos ambientais, sociais e políticos da agricultura, valoriza os saberes populares, o modo de vida camponês e a economia popular, solidária e ecológica.
A meta desse grupo parlamentar é estimular a produção e a comercialização de produtos orgânicos e desenvolver no país a agroecologia como estratégia de fortalecimento da agricultura socialmente justa, economicamente solidária e ambientalmente necessária. Ainda nessa linha, promover ações direcionadas às políticas públicas, aprimoramento da legislação nacional para o fortalecimento da agroecologia e da produção orgânica.
As seguintes dimensões serão abordadas no Seminário: Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional; Participação e Empoderamento Social; Respeito aos Saberes Tradicionais; Uso Sustentável dos Recursos Naturais e Socialização do Conhecimento Agroecológico.
ABC/UNO