Balneário Camboriú – A educação especial nas escolas ganhou força nos últimos tempos em Balneário Camboriú. Sob constante supervisionamento do prefeito Edson Renato Dias, que incentiva e dá importância para essas práticas, as ações são direcionadas para crianças e adolescentes que apresentam algum tipo de dificuldade seja motora, neurológica, de intelecto, na fala ou visão. Escolas públicas e privadas desempenham importantes atividades pouco conhecidas pela comunidade, mas que servem para integrar estas pessoas junto da sociedade.
Fabiana Lorenzoni é diretora do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Educação, de Balneário Camboriú. A profissional destaca que atualmente 413 alunos com algum tipo de dificuldade, cursam escolas da rede municipal de ensino. Segundo dados da secretaria, na educação infantil, onde se atende crianças até os seis anos de idade, estão matriculados 9% dos alunos da rede municipal. No Centro de Educação para Jovens e Adultos, CEJA 5%, nas séries finais, um número expressivo 42%.
Fabiana também destaca que cerca de 200 alunos da rede municipal de ensino foram encaminhados para diagnóstico, porque apresentaram algum tipo de problema no aprendizado. Nestes casos, os professores comunicam a direção da escola para que seja realizado o encaminhamento a um profissional qualificado no assunto.
Equipe
A profissional disse que a rede atende crianças com as mais diferentes deficiências, como a auditiva, intelectual, visual, física, síndrome de Down, autismo, entre outros distúrbios e transtornos. Uma equipe de 62 profissionais de apoio pedagógico especial, preparados para atender a demanda. Tudo dentro das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional “Eles fazem a mediação entre o aluno e o professor. O objetivo é viabilizar o acesso do aluno na sala de aula, para garantir sua qualidade de ensino”, revela a diretora.
Além das aulas, os alunos participam do contra turno, que é o atendimento educacional fora do horário de aula. Segundo a Secretaria de Educação do município, nenhuma criança com necessidades especiais está fora da sala de aula por falta de vaga. Todas estão sendo assistidas.
Quando o assunto são leis, Fabiana diz que a qualidade de ensino vai mais além. “Trabalhamos por amor. Esta área, ou você ama, ou você odeia. Não existe meio termo. Geralmente o profissional se envolve e, acaba amando”, conclui. Ela explica, que o aluno com deficiência precisa estar na sua série, para isto, é feito um trabalho amplo, quando ele ainda é bebê.
Fabiana lembra, que só um surdo pode ensinar libras para outro surdo. “O aluno surdo escreve como ele fala, não usa artigo, não pronuncia verbo no passado e no futuro. O professor precisa respeitar a língua materna deles. Isso nasce com eles. Como não tem oralidade, fala com as mãos”, conta a educadora, que desta também, que a rede municipal de ensino conta com interpretes e instrutores de libras.
Márcia, Tatiana e Greici. Três mulheres com sentimentos semelhantes. Elas declaram amor, por seus alunos especiais. As professoras são unânimes quando o assunto é realização profissional. As três integram o quadro de professores da rede municipal de ensino.
Diferenças
A diretora Fabiana lembrou, que o município de Balneário Camboriú apóia a Semana das Diferenças. O encontro é marcado com várias atividades voltadas para os jovens. Acontecem palestras com profissionais da área da saúde e educação. Ações conjuntas com as associações que trabalham com a deficiência. O evento era para ter acontecido em agosto, mas por conta da Gripe A, foi cancelado. Segundo a Secretaria de Educação, o encontro poderá acontecer em novembro.
Fonte: Assessoría de Imprensa