Brasília – Os governos do Brasil e da Rússia firmaram hoje (20) declaração de intenções para que o Ministério da Defesa inicie negociações destinadas à compra de baterias antiaéreas russas, o desenvolvimento conjunto de novos produtos de defesa e a transferência de tecnologia para a participação de empresas estratégicas brasileiras nos processos de produção e sustentabilidade logística integrada.
O aperfeiçoamento do sistema de defesa antiaéreo brasileiro é um dos requisitos exigidos para a realização dos grandes eventos que o país sediará nos próximos anos, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Com armamentos comprados há mais de 30 anos, as Forças Armadas brasileiras não têm atualmente um sistema de artilharia de médio alcance, que possa atingir alvos a até 15 quilômetros de altitude.
A Rússia está disposta a desenvolver a cooperação com o Brasil “em todas as esferas, inclusive na militar-técnica”, declarou o primeiro-ministro da Federação Russa, Dmitri Medvedev, em entrevista à rede Globo, na qual foi questionado sobre o interesses de militares brasileiros em relação a sistemas russos de defesa antiaérea.
“Vamos pensar em como poderemos ajudar os nossos parceiros, além do que a Rússia ocupa um dos lugares mais importantes no mercado de armamentos. Temos armas contemporâneas e competitivas”, destacou Medvedev.
O primeiro-ministro apontou que a Rússia está disposta também a partilhar tecnologias, mas em condições mutuamente vantajosas.
O aperfeiçoamento do sistema de defesa antiaéreo brasileiro é um dos requisitos exigidos para a realização dos grandes eventos que o país sediará nos próximos anos, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Com armamentos comprados há mais de 30 anos, as Forças Armadas brasileiras não têm atualmente um sistema de artilharia de médio alcance, que possa atingir alvos a até 15 quilômetros de altitude.
No documento assinado, os dois países declaram a intenção de incrementar, a partir de março, as negociações “com vistas à possibilidade de preparação de contrato para futuras obtenções” de baterias antiaéreas russas, com “transferência efetiva de tecnologia, sem restrições”.
ABr/VDR/UNO