Joinville – Com a chegada do verão e do período de chuvas, a Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, orienta moradores para o controle ao caramujo africano, uma praga que afeta plantações e pode transmitir doenças. Neste início de ano, a Vigilância Ambiental já recebeu denúncias de locais com a presença do caramujo e, segundo a gerente das unidades de vigilância em saúde, Jeane Vieira, a maior proliferação do molusco é comum nesta época. “Ele se desenvolve durante todo o ano, mas aparece mais no verão, devido às altas temperaturas”, explica.
O molusco costuma se desenvolver em locais como terrenos baldios, hortas, plantações e áreas em que existe entulho. Quando alguém encontra um caramujo africano em seu terreno deve recolher o animal, sempre protegendo as mãos com uma luva descartável ou um saco plástico. Deve colocá-lo em uma sacola ou recipiente e levá-lo até um posto de saúde ou uma secretaria regional.
Nestas unidades, existem tonéis próprios para o depósito dos caramujos, que posteriormente são recolhidos pela empresa de coleta de lixo do município. “Os moluscos são recolhidos nos postos de saúde e nas regionais, para serem encaminhados a um aterro, onde são triturados e depois jogados em uma vala séptica. Os moradores não devem depositar o caramujo no lixo caseiro, pois há risco de contaminação”, ressalta Jeane Vieira.
O caramujo-gigante-africano hospeda um verme que, se transmitido, pode causar angiostrongiliasemeningoencefálica, doença que paralisa o sistema nervoso central com extrema gravidade. O verme também pode se alojar nos olhos, causando desde distúrbios visuais até a cegueira, ou pode se alojar no intestino, causando o comprometimento dos órgãos abdominais. A contaminação
acontece pela ingestão de alimentos que tiveram contato com o caramujo e foram mal lavados, ou pelo contato direto com o molusco.
A gerente Jeane Vieira destaca que é de responsabilidade dos moradores fazerem a coleta dos caramujos em terrenos particulares.
Caso os moluscos estejam em um terreno baldio, o contato deve ser feito pelo número 156.
Importante:
– Ao coletar o molusco, o morador deve se certificar que se trata de um caramujo africano.
– Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas.
– Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco.
– O excesso de plantas, mato e entulho no quintal serve de criadouro para o caramujo.
– Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. Devem ser deixados ao menos 10 minutos de molho em solução sanitária ou
hipoclorito de sódio (uma colher de chá para cada litro de água). Após, lavar bem antes de consumir.
UNOPressPress