
Não poderia deixar de comentar a atitude do presidente Lula com relação a decisão da justiça sobre o pagamento das multas por fazer campanha para a Ministra Dilma. Sempre fui simpatizante do presidente pela sua história e pela coisas boas que fez politicamente fez pelo nosso país. Entretanto, depois de quase 8 anos de um bom mandato atropela-se em questões primárias. Por serem multas de valor baixo – pelo menos para ele – desafia a decisão da justiça perguntando para o público que o ouvia quem pagaria a multa se ele falasse de Dilma.
SInceramente fiquei indignado. Talvez seja por isso que pessoas descumprem leis básicas. Neste caso refiro-me aos trotes violentos nas faculdades que os acusados são liberados em seguida ou pelos que descumprem a lei seca. Lei é para ser respeitada e cumprida. Devia ser esta a lição deixada por Lula aos brasileiros.
Quem sou eu? Só um homem que deseja ver seus filhos cumprindo as leis e acreditando nestas mesmas leis. Não podemos nem pensar viver num país em que as pessoas pelo poder do dinheiro e da condição de pagar multas quebrem as leis de forma tão absurda.
Alguém até pode ter outros motivos para discordar da atitude do presidente. Mas, a minha crítica não é partidária nem sou filiado a nenhum partido e até que admiro a Dilma. Mas tudo tem limite.
Senti-me indignado ao ver o maior modelo do país desdenhar de uma multa de R$ 5000,00. E, sobretudo dizer que "não podemos ficar na mão de um juiz a cada eleição". Mas, aí pergunto : São os juízes que criam leis? Não são os deputados e senadores que as criam? Ora, onde estiveram eles que não mudaram a lei? É uma situação rídicula e imprópria para um "estadista".
A questão não é o valor da multa mas o bom exemplo. Acredito que uma trajetória brilhante não deveria terminar assim. Por mais simpatizante que fosse um presidente a um candidato. Creio que a imagem pessoal deste presidente e o legado que deixa deveria está acima de qualquer nome ou partido. É o que penso!
Mauro Queiroz
mauro@santacatarina24horas.com