
A UNIBAN (Universidade Bandeirante) expulsou (em palavras claras) a menina do caso do vestido curto, nacionalmente conhecida. O Motivo que levou Geysi Villa Nova Arruda a ser desligada segundo a nota da UNIBAN foi: “em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”.
Sem dúvida a situação é nojenta, mas traz um desfecho impressionante… Palmas para os assessores da UNIBAN. Podem se dar mal se este caso cair nas mãos de um Juiz devorador de espertinhos, depois um triturador, um esmagador e assim por diante até ter um fim justo no supremo.
A meu ver a decisão foi coerente para a UNIBAN… Imagina mover uma sindicância, expor centenas de alunos e confessar nacionalmente que é uma faculdade de violência reincidente? Enfrentar um estresse administrativo condenando alunos e expondo uma ferida difícil de curar nos anos seguintes. E aí, a saída? Expulsar Geysi! O que pode Geysi fazer? No máximo pode mover uma ação por danos morais contra a UNIBAN e receber aí uns trocados e assunto encerrado.
Contudo, não será assim dessa vez. Muita gente pode achar que isso terá um final sórdido. Não vai não! Em Abril deste ano houve incidente parecido nessa faculdade. Tendo todos os juízes e magistrados desse país assistido as cenas e constatado nada de mais no vestido de Geysi. Isso vai dar uma ação milionária contra a UNIBAN, pois o dano de Geysi foi para uma nação inteira. Com certeza, a UNIBAN pensará muito mais na ética do que numa saída pela esquerda daqui em diante. A idéia da assessoria foi muito infeliz.
Nesta atitude a UNIBAN assina a inocência de seus alunos pelas palavras que condenam Geysi. Como se o fato de Geysi usar roupa curta pudesse justificar o crime. Ao G1 o assessor jurídico da Uniban, Décio Lecioni Machado, disse que o vestido curto que Geysi usava no dia da confusão não motivou a expulsão. Segundo ele, foram gestos e atitudes que a aluna já manifestava “há tempos” que provocaram o tumulto e, conseqüentemente, o desligamento da universidade. Apesar da afirmação, o assessor jurídico não quis entrar em detalhes sobre que tipo de gestos e atitudes seria esses, suficientes para justificar a expulsão.
– Isso só pode ser piada.
Depois de elencar uma série de fatos relacionados ao ocorrido do dia 22, o informe considera que "foi constatado que a atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar".
"Resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". – Defesa do ambiente escolar? Aquela violência? Sinceramente estou impressionadissimamente chocado.
Ainda a nota da UNIBAN diz: "A aluna demonstrou um comportamento instável, que oscilava entre a euforia e o desinteresse e estava acompanhada de dois advogados e uma estagiária vinculados a uma rede de televisão" em seu depoimento na sindicância.
Este caso exige uma intervenção do Ministério Público e do Ministério da Educação. Além de toda a miséria da educação que já existe em nosso país esse agora deixou órfãos os alunos da "Mãe Gentil".
Coisas do Brasil…
Mauro Queiroz
mauro@santacatarina24horas.com