Itajaí – A cerimônia de abertura dos Jogos Paradesportivos de Santa Catarina (ParaJASC) se aproxima. Os itajaienses recebem o evento na próxima quinta-feira (24), às 19h, no Centreventos de Itajaí. A festa traz para a cidade cerca de 1700 atletas e as equipes itajaienses estão ansiosas pelo início da competição.
As modalidades que serão disputadas no campeonato são: bocha, tênis de mesa, basquete, futsal, atletismo, xadrez, goalball, ciclismo e natação. Dessas equipes a única que Itajaí não possui representantes é o xadrez. As categorias de classificação são deficiência física (DF), intelectual (DI), auditiva (DA) e visual (DV). Os atletas ficam alojados em 39 escolas itajaienses, que foram devidamente adaptadas para recebê-los.
A equipe itajaiense de Bocha Paraolímpica, comandada pela professora Aline Rita de Barros, está confiante. Eles treinam no Ginásio de Esportes Gabriel João Collares três vezes por semana, das 10h às 12h. Nesta edição do ParaJASC oito atletas da cidade disputam a modalidade, havendo chance de medalhas principalmente para dois deles, Fernando Wolfram e Nivaldo, que já medalharam no campeonato regional. Essa equipe já se prepara para a competição a mais de um ano e meio.
No atletismo também há chance de ouro e de quebra de recordes. Os atletas Renan Farias, Marisa ferreira e Flávio Heitz são medalhas garantidas, pois já são campeões de etapas nacionais. Pela primeira vez o ParaJASC terá a prova de salto em altura para deficiente físico, e Flávio vai tentar quebrar o recorde brasileiro da modalidade. Além do atletismo, Itajaí também tem chance de medalhas, pela primeira vez, com a equipe de goalball masculina. Apesar da cidade sede participar da competição com 120 atletas – maior delegação que a cidade já teve em um ParaJASC – o xadrez não será representado.
A bocha paraolímpica é voltada para pessoas com paralisia cerebral (PC) e possui o mesmo objetivo de jogo da bocha comum, que é chegar perto da bola alvo. A bola e o campo são adaptados. A modalidade possui quatro categorias: BC1, BC2, BC3 e BC4.
BC1: não necessita de ajuda para lançar a bola, mesmo que isso ocorra com muita dificuldade.
BC2: não necessita de ajuda para lançar a bola, porém não tem tanta dificuldade quanto o BC1, apesar de ter a mesma patologia em menor grau.
BC3: necessita de calha para lançar a bola, devido a falta de mobilidade do corpo.
BC4: a sua deficiência não é causada por paralisia cerebral.
A classificação dos atletas ocorre em um congresso técnico de acordo com a patologia e pelo grau de dificuldade que do mesmo. Ao todo 60 cidades vem a Itajaí participar do evento.
AI/Redação24Horas