3 coisas do Natal! Papai Noel, Chester® e Fiesta® o que eles tem em comum?

por Mauro Queiroz

A resposta é : Ninguém nunca viu nenhum deles vivo! A gente vê aquele baita frango no supermercado, mas ninguém nunca viu um Chester® ou Fiesta® vivo.

Verificando na Wikipédia, a enciclopédia livre encontrei o seguinte : “Chester® é uma marca registrada do frigorífico brasileiro Perdigão S.A., …originários de uma ave especial desenvolvida a partir da espécie Gallus gallus, linhagem natural da Escócia, trazida dos Estados Unidos da América pela Perdigão, no final da década de 70. A Cobb Vantress, empresa estadunidense especializada em genética avícola, administra a linhagem pura usada para a produção exclusiva das aves especiais que levarão a marca Chester® pela Perdigão”.

Uma parte deste texto chamou-me a atenção : “…ave especial desenvolvida…”. Logo entende-se que alguém criou um “ser vivo” de laboratório. Coisa esquisita. Algumas vezes comprei um Chester® ou Fiesta® no natal. Mas, é estranho comer uma coisa que ninguém sabe o que é de verdade e ninguém nunca viu um chester vivo.

Só sabemos que Chester® é uma ave/marca registrada e que ninguém pode comercializar.

Também do Wikipédia li que a “Perdigão em 1979, enviou ao exterior dois de seus principais técnicos especialistas em avicultura com a missão de procurar uma nova linhagem. Em sua busca, encontraram uma empresa que trabalhava suas aves com o objetivo de melhorar o resultado das carnes e que havia desenvolvido uma ave tipo roaster, com maior quantidade de carnes nobres. Procedeu-se, então, à compra deste pacote genético que permitiria introduzir a criação das aves no Brasil”.

O crescimento superior da ave, assim como maior incidência de carnes nobres (peito e coxas), é resultado do rigoroso controle genético. A Perdigão é proprietária da fórmula genética. Não são vendidos os ovos.

“Tanto o Fiesta® como o Chester ® são aves, muito semelhantes ao frango, originados de cruzamentos de linhagens especiais com o objetivo de obter um produto que possui teores maiores de proteína e menores de gordura, além de concentrar 70% de sua carne no peito e coxas, em média o frango comum possui 45% nestas partes”.

Agora fico imaginando uma ave que é 70% peito e coxas. Esse bicho sequer consegue andar? Não dá a idéia de uma coisa bizarra?

Não questiono a idéia e nem o produto. Já que são bem difundidos no mercado e tem cliente de sobra para isso. Para mim, acho estranho comer uma ave que não tem foto, nem vídeo dela. As fotos da internet que alegam ser o Chester® não combinam com uma ave que é 70% peito e coxas.

Em tempos de questionamentos sobre os transgênicos prefiro me afastar do “resultado do rigoroso controle genético”… Ainda prefiro um bom e velho peru.

Ah, não são vendidos os ovos!

Mauro Queiroz
UNOPress